Quando pensamos em crochê é automático que o associamos as ¨vovós¨ sentadas em suas cadeiras de balanço crochetando tapetes, toalhas e o mais comum os sapatinhos para seus netinhos.
Porém o crochê nos dias de hoje tem ganho um público cada vez mais diferente do que imaginamos, principalmente no quesito idade, jovens que antes viam o crochê como uma arte praticada somente pelas suas avós, agora também querem aprender a fazer.
Como se originou o crochê
Existem várias teorias sobre a origem do crochê, segundo Ruthie Marks escreveu em um artigo, a palavra crochê vem do francês medieval ¨croké¨, como era chamado um instrumento curvado e de ferro, um gancho que com ele era possível segurar ou manter suspenso.
Então veio a expressão ¨broder¨ou ¨crochet¨ que traduzindo seria o mesmo que: bordar com um gancho, isso já no século XIX.
1ª Teoria – o primeiro surgimento do crochê pode ter sido na América do Sul, onde tribos na era primitiva usavam enfeites feitos de crochê para cerimonias da passagem para puberdade.
2ª Teoria – pode ser também que o crochê tenha surgido na China, a relatos de terem encontrados bonecos confeccionados em crochê.
3º Teoria – na Arábia o crochê pode ter tido sua origem de lá, depois seguiu para o leste do Tibete indo parar ao oeste da Espanha.
4ª Teoria – Há quem diga que no ano de 1.500 na Itália o crochê surgiu com o nome de ¨laço de freira¨, onde as freiras confeccionavam peças para a igreja.
A prova disso é quem em pesquisas feitas foram encontradas rendas tecidas com uma técnica muito parecida com o crochê, porém não era esse o nome que se dava a essa técnica e sim ¨laço de freira¨ como já foi citado acima.
Em contrapartida há pesquisas que dizem que o crochê não era conhecido na Europa nos anos abaixo de 1.800.
A teoria mais convincente
A pesquisadora dinamarquesa Lis Paludan publicou um livro em 1995 que sugere que o crochê tenha se desenvolvido na China mesmo, um tipo de bordado foi a inspiração para a técnica.
Um tecido era esticado em um bastidor, um fio, que ficava por baixo do tecido, era laçado de cima para baixo por uma agulha bem fina que continha um gancho na ponta.
Crochê irlandês
O crochê irlandês foi uma grande fonte de renda para as famílias irlandesas que estavam passando fome durante a guerra contra a Inglaterra, essa guerra durou de 1.845 a 1.850.
Homens, mulheres e crianças que trabalhavam em plantações, crochetavam nos intervalos de almoço, se o expediente terminava antes do anoitecer eles crochetavam ao ar livre para aproveitar a luz do dia.
Ou caso não fosse mais possível usar a luz natural, a vela era a fonte de luz, tudo isso para complementar a renda e não passarem fome.
Os irlandeses crochetavam muitas golas e punhos que eram vendidos para os ricos compradores estrangeiros.
Fios e agulhas
A variedade de fios é imensa, fios de seda, fios de linho, fios de cânhamo, fios de lã, fios de plástico, sisal e juta, retalhos de tecidos, fios sintéticos.
O crochê pode ser feito a partir de fios bem inusitados como: fios de cobre, fios de ouro e de prata com esses são feitas joias de uma delicadeza impar e até fios de cabelo, mas o mais usado é o fio de algodão.
Algumas comunidades carentes em diversos países subdesenvolvidos ensinavam a técnica de crochê utilizando como fio sacolinhas plásticas de mercado, mesmo o fio de algodão sendo acessível tenho a questão meio ambiente.
Além de aprenderem uma técnica para ser fonte de renda ainda se poupava o meio ambiente utilizando matérias que poluem e que demoram mais de um século para se desintegrar.
Sobre as agulhas
Nos primeiros registros oficiais de crochê as agulhas eram feitas de pequenos gravetos de árvores, onde em uma de suas extremidades era fixado um gancho de metal.
Foram se descobrindo novos matérias que poderiam ser feitas as agulhas, chifres de vaca ou outro animal que os possuísse, entalhadas em madeira, osso, as mais ricas mandavam confeccionar suas agulhas em prata ou, pasmem, em marfim.
Hoje em dia essas agulhas digamos de mateias mais nobres, são ostentadas como peça de colecionadores ou expostas em museus.
No mercado existem mais de 25 tipos de agulhas que são identificadas por números, quanto maior for o número mais grossa e maior o gancho em sua ponta.
O básico
Uma agulha de crochê no tamanho compatível com o tipo de fio a ser utilizado, um novelo de qualquer fio que possa ser tecido com agulha de crochê.
Os pontos básicos para o crochê são: a correntinha que é a base de todo trabalho, ponto baixo e ponto alto, sabendo esses pontos qualquer pessoa é capaz de fazer peças que encantam os olhos.
Crochê na era digital
Cada vez mais raro vermos só as ¨vovós¨ crochetando, os jovens estão cada vez mais interessados nessa arte.
Quem não teve o privilégio de uma avó para ensinar o crochê, pode aprender com tutoriais de diversas maneiras de como fazer.
Em vários idiomas, do básico que são como por exemplo um simples quadradinho, ao avançado que são colchas, gigantescos tapetes, caminhos de mesa.
Engana-se quem acha que nessas tutorias só as mulheres serão as professoras, os homens são a grande surpresa, sim eles também são grandes entendedores do crochê.
O cantor Seu Jorge, além de possuir o talento de cantar e compor canções lindas, ele também tem o talento de crochetar.
Seu Jorge tem até um Instagram dedicado a esse talento, na rede social que contabiliza mais de 40 mil seguidores, o cantor posta seus trabalhos feitos nos intervalos entre um show e outro, nos momentos de descanso, durante as viagens.
Outro famoso adepto a agulha e linhas é o Rodrigo Hilbert, o apresentador além de sua simpatia e beleza tem o dom das artes manuais, ao aparecer fazendo uma peça de crochê arrancou suspiros da mulherada.
Que tal você também aprender esse método de tecer fios, é muito fácil e um exercício para mente.