Patchwork traduzindo para o português significa trabalho com retalhos.
No ano de 1995 dia 6 de outubro estreou o filme Colcha de retalhos, protagonizado por Winona Ryder, a personagem vai passar uma temporada na casa da avó e acaba entendo para o grupo de mulheres que se reúnem para costurar colchas de retalhos.
Essa arte aparece em várias cenas do filme, as mulheres estão sempre cada uma com uma agulha e linha em mãos costurando cada detalhe da colcha, estão rindo felizes outra hora tristes, mas sempre costurando.
O que é patchwork?
Antigamente as costureiras jogavam fora as sobras dos tecidos, que muitas vezes eram tecidos que podiam ser aproveitados de alguma forma, todo tipo de tecido usado era descartado.
Isso somado na ponta do lápis gerava desperdício de matéria que poderia ser muito bem utilizada, imagina você se desfazer de tecidos muitas vezes nobre.
Por serem pedaços de tecido muito pequenos, outros nem tanto, tecidos com formas geométricas irregulares, tecidos bem coloridos, com brilho, de cores as vezes bem opacas, estampas de gosto duvidoso ou estampas floridas.
Enfim, muita sobra de tecido era jogada fora mesmo, causando prejuízo as costureiras pois afinal o que poderia ser feito com aquelas sobras de tecidos para chegar ao prejuízo zero?
Tentaram usar como enchimento de almofadas, mas não ficavam macias, enchimento de colchão também não deu nada certo.
Até que alguém teve a brilhante ideia de costurar os retalhos de tecido um no outro, todos os retalhos foram emendados, até chegar no tamanho de uma colcha por exemplo.
As costureiras faziam tapetes com os retalhos de algodão, colchas com os retalhos de tecido com estampas e tecido mais bonito, até roupas eram feitas com essas emendas de retalhos de tecido.
Grupos de patchwork
Com o passar dos anos o patchwork foi ganhando uma nova visão, outras maneiras de usar os retalhos de tecido foram surgindo.
Então as mulheres começaram a crias grupos de patchwork, era umas maneiras de todos se reunirem para conversar, trocar ideias, dar e receber concelhos, trocar receitas de bolo, trocar experiências de vida.
Passaram a levar cortes de tecidos ao invés de usar sobras, os tecidos que antes tinhas formas irregulares passou a ter formatos, quadradinhos, retângulos, em tiras, triângulos.
Viram que com essas formas geométricas poderiam criar desenhos incríveis.
Os triângulos por exemplo, cortados em vários tons de verde, costurados um sobre posto ao outro e com um pedaço de tecido na cor marrom no formato de um retângulo na vertical, formaria a figura de um lindo e majestoso pinheiro.
Nesses grupos as ideias iam surgindo dia após dia, encontros após encontros.
Dava para fazer vilas de casas representadas pela junção das formas quadrados e triângulos, essas vilas costuradas se transformavam num gigantesco panô, que ficavam expostos nas salas de casa.
Panô? O que é?
Panô é um quadro feito com tecido, para ficar pendurado como enfeite, como um quadro mesmo, só que ao invés de ter moldura em madeira ele é só de tecido, são feitas alças nele, de tecido também, que passam por um varão de cortina.
No panô, são representadas paisagens usando a técnica de patchwork, são costuradas vilas de casinhas, florestas, animais, tudo que a imaginação permitir.
Patchwork usa qual material?
Os tecidos de algodão sem elastâno é o indicado, pode usar linho também.
Para cortar o tecido de algodão de forma precisa são usadas três ferramentas importantes:
1 – uma base de corte.
Mas o que é base de corte?
É uma placa de um tipo de borracha mais rígida que aceita laminas de corte se estragar essa base, geralmente é na cor verde, toda quadriculada na cor amarela para facilitar a visualização, tem também números representando os centímetros de uma régua.
Na mesma base de corte algumas linhas diagonais também são acrescentadas.
Para cada necessidade existe um tamanho de base de corte, para fazer pequenos trabalhos se utiliza a base no tamanho de 45 x 30.
Já os trabalhos bem mais elaborados como as colchas, uma base bem maior se faz necessária, uma base de 90 por 60 já é considerada de uso profissional para ser uma noção do tamanho dos trabalhos.
2 – Cortador circular.
Um cortador circular é uma espécie de estilete, só que ao invés da lamina se parecer com uma lamina de faca, a lamina é em formato de círculo.
Por ser muito bem afiada é preciso tomar muito cuidado no manuseio, toda e qualquer atenção deve ser respeitada para que se evite acidentes com cortes tão profundos que seria necessário até dar pontos.
Mas quando perde o corte, é possível amolar o cortador circular igual se faz com uma faca?
Sim é possível, mas o mais recomendado é trocar a lamina por uma nova.
Amolar uma lamina circular dá mais trabalho e pelo valor que o cuteleiro cobra é melhor comprar uma lamina nova.
3 – Régua de corte.
No mundo do patchwork a variedade de tamanhos de réguas de corte é imensa.
Com a régua de corte os tecidos ficam bem exatos no tamanho.
É ela quem te guia para a precisão do corte com o cortador circular.
Feita de acrílico transparente, ela é uma régua como todas as outras até esse ponto, ela tem marcações dos centímetros e marcações em polegadas, suas marcações também são quadriculadas igual da base de corte.
Outra ferramenta muito importe patchwork é o ferro de passar roupa.
É com o ferro de passar roupas que a costureira une o tecido com a manta termocolante.
A manta termocolante tem a função de dar estrutura para a peça, deixando ela com aspecto firme, principalmente os panôs que ficam pendurados na parede.
A criatividade não tem limites na hora de criar lindos desenhos com essa técnica de emendar retalhos.
E para deixar o trabalho ainda mais lindo, elas usam botões decorativos, fitas de cetim, algumas até pintam sobre o tecido para dar profundidade e efeito 3D.
Ganhar uma peça feita em patchwork é de acalentar o coração e a certeza que ninguém terá outra igual pois os desenhos são únicos.